domingo, 19 de outubro de 2008

Antes da última etapa



Ao fim de quase dez anos lá me decidi a ir a Marrocos neste início de Outubro e fui de uma maneira como não tinha pensado: sozinho e sem jipe. Andava a pensar nisso há um mês mas o plano só ganhou forma dois ou três dias antes da partida quando fui comprar o bilhete de autocarro. O plano era ir de autocarro até Algeciras, apanhar o ferry-boat para Tanger e dar uma volta por Marrocos, de autocarro e carro, sem saber ao certo quantos dias me ia demorar. Acabaram por ser 10 dias em Marrocos (12 dias de viagem ao todo), em que percorri 2202 km de carro, que me levaram por Tetouan, Chefchaouen, Fès, Meknes, Erg Chebbi – Merzouga (deserto), Ouarzazate, Marrakesh, El Jadida, Azemmour, Casablanca, Assilah e Tanger. Foram uns dias bem passados que me deram vontade de voltar, pois ficou muito para ver deste país bem diferente do nosso, muito interessante e aqui mesmo ao nosso lado. A esse propósito, agora que faço as contas (para a próxima vez porque contas de viagem é coisa que nunca faço), mesmo sozinho compensa levar o jipe.

A fotografia apresentada foi tirada depois de uma noite de tempestade passada no deserto (qual é a probabilidade de isso acontecer?); mostrarei as outras num desses fins-de-semana que não há nada para fazer.
Na etiqueta "na estrada" foram colocadas algumas fotografias desta viagem a Marrocos.

Música: Hey Joe – Jimi Hendrix.

Agradecimentos (por ordem de aparência):
Patrícia – porque me deu o empurrão que faltava e aquela dica fantástica para ir ao deserto. (é maravilhoso!)
Paula – por me ter levado ao autocarro.
Andrea – que conheci em Sevilha e a quem me colei para aproveitar a sua expertise em atravessar para o lado de lá. (quem diria que nos iríamos encontrar no regresso!)
Sandra e Xana – que encontrei em Boufkrane (à saída de Meknes) e que conhecem melhor que ninguém as pistas do deserto. (aquele camião na curva ….)
Nuno – por me ter ido buscar ao autocarro.




quando estiveres no meio do deserto não peças indicações a quem saiba porque assim não corres o risco de te perder.


Retirado do livro “Lourenço Marques” de Francisco José Viegas.

3 comentários:

MoonLight disse...

Amigo, amigo!
A vida é perfeita!
Só quem vai ao Deserto percebe as palavras de quem lá foi...
Parabéns a ti, por teres ido!
E por teres aceite o desafio que é o chamamento! Sentiste-o e foste!
Força!
Shukran!
Bjs de Luz*

MoonLight disse...

Ah! e adorei a foto!
Momento único mesmo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
quero em formato bom para impressão, para por aqui em casa! :)
posso?????
Shukran!

Nuno disse...

Parabéns pela tua magnífica viagem! Foi pena o jipe não ter ido, mas vi que andaste muito e bem...
Um grande abraço