sábado, 20 de fevereiro de 2010

A Arte de Viajar


«Se as nossas vidas são dominadas pela busca da felicidade, talvez poucas actividades sejam tão elucidativas no que à dinâmica dessa busca - com todo o seu ardor e paradoxos - se refere como as nossas viagens. Ainda que inarticuladamente, expressam uma inteligência do que viver deveria na sua essência significar, à margem das imposições do trabalho e da luta pela sobrevivência. E contudo é raro que as consideremos como ocasião de problemas filosóficos - quer dizer, como questões que requerem que as pensemos para além do horizonte da utilidade imediata. Vivemos afogados em conselhos que nos prescrevem os lugares até onde deveríamos viajar; mas muito pouco nos é dito sobre o porquê e o como de viajarmos - embora a arte da viagem parece dar espontaneamente azo a um certo número de questões, que não são nem demasiado simples nem demasiado triviais, e cuja ponderação poderá constituir uma modesta contribuição para o entendimento daquilo a que os filosofos gregos tão maravilhosamente chamaram eudaimonia ou plenitude humana.»

Retirado do livro "A Arte de Viajar" de Alain de Botton


Tinha comprado outro livro deste autor porque engracei com o título e quando li na contracapa que ele tinha um livro intitulado "A Arte de Viajar" não hesitei em comprar e começar logo a lê-lo. Foi muito interessante saber o que este filósofo pensa sobre a arte da viagem (ou a viagem como uma arte), percorrendo vários lugares, cada um desses lugares com os guias adequados (outros escritores, pintores, etc.) que por lá tinham passado, e assim escrever sobre as variadíssimas componentes da viagem, como o sejam, a partida, os motivos, a paisagem, a arte e, o regresso.

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