«No final dos anos 80, já tinha descoberto as bicicletas dobráveis e, à medida que o meu trabalho e a minha curiosidade me iam levando até várias partes do mundo, levava normalmente uma comigo. A mesma sensação de liberdade que experimentara em Nova Iorque voltou a surgiu enquanto pedalava por várias das principais cidades do mundo. Sentia-me tão próximo da vida das ruas do que teria acontecido se estivesse dentro de um carro ou a utilizar algum tipo de transporte público: podia parar sempre que quisesse; muitas vezes (mesmo muitas), era mais rápido do que um carro ou um táxi para ir do ponto A ao ponto B; e não tinha de seguir nenhum percurso predeterminado. O mesmo entusiasmo, à medida que o ar e a vida nas ruas passavam a correr, repetiu-se em cada cidade. Para mim, tornou-se um vício.»
Retirado do livro «Diário da Bicicleta» de David Byrne.
Neste livro, David Byrne, músico ex. Talking Heads, passeia por diversas cidades do mundo a partir da(s) sua(s) bicicleta(s), com especial atenção para a importância maior ou menor que este meio de transporte tem nas maiores cidades do mundo, sem deixar de falar na música, no design e na arte.
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